O G20 teve início e segue até a próxima terça-feira (19), no Rio de Janeiro. O encontro entre as principais economias globais, acontece no Brasil pela primeira vez, em sua 19ª edição. Nesta sexta-feira (15), os temas como o combate à fome darão o cerne da discussão e o ministro Wellington Dias abrirá a mesa, às 9h.
A capital fluminense foi escolhida para sediar a Cúpula dos Líderes do G20, que reunirá chefes de Estado na segunda (18) e na terça-feira (19). Além disso, a cidade terá uma agenda intensa de eventos paralelos, incluindo a Cúpula do G20 Social, o Urban 20 e o Aliança Global Festival, já a partir de quinta.O evento contará com 55 delegações, representando 40 países e 15 organizações internacionais. Entre os participantes confirmados estão os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping.
G20?
São 19 nações...
... mais a União Africana e a União Europeia.
Quem vem?
Joe Biden, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, confirmaram presença. Vladimir Putin, da Rússia, avisou que não vem – deve ser representado pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov.
Quando o G20 foi criado?
O “clube” surgiu no fim da década de 1990, depois de uma crise financeira que começou na Ásia e abalou o mundo.
E foi justamente em outra crise econômica, a de 2008, que o grupo decidiu fazer reuniões periódicas entre os membros.
A que vai acontecer no Rio de Janeiro é a 19ª.
Onde foram as outras cúpulas?
Por que o Rio foi escolhido como sede?
A presidência do G20 é rotativa e muda a cada ano. O Brasil foi escolhido para chefiar o “clube” em 2024 — e cabe ao país-líder organizar a cúpula e definir temas para discussão.
O que o Brasil vai propor?
Sob presidência do Brasil, o G20 transformou três temas em prioridade:
Depois de meses de negociações e incontáveis reuniões, os sherpas, que são os representantes dos chefes de estado, se encontram antes da cúpula para redigir a declaração de líderes do G20 no Rio.
O documento que reúne as propostas do G20 sob a presidência brasileira também vai fazer referência aos conflitos mundiais – as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio – com um pedido de paz.
"Nós queremos combater a mudança do clima e reduzir ou eliminar a fome no mundo, mas, para isso, é preciso paz, porque a guerra implica redirecionamento de recursos financeiros e vontade política e atenção política, eu diria, para as causas erradas, que são as causas da guerra. E o que nós queremos é, justamente, ter paz pra poder combater a mudança do clima e combater a fome", afirma o embaixador Maurício Lyrio, o sherpa brasileiro no G20.
O G20 aprova leis?
Não, o “clube” não tem nenhum poder legislativo e não tem como impor obrigações. Mas os membros firmam compromissos de políticas econômicas, sociais e de governo.
"O G20, por ser uma organização não formal, ela não tem meios de verificação do cumprimento das metas estabelecidas entre os estados. Ele se sustenta na confiança de que os governos vão cumprir aquilo que comprometeram naquela reunião. Só que isso é impactado por mudanças nos governos, às vezes os ciclos eleitorais trazem mudanças radicais, e isso vai impactar na implementação das medidas e dos acordos chegados no G20", analisa Fernanda Brandão, coordenadora do curso de Relações Internacionais da Mackenzie Rio.
Onde serão os eventos do G20 no Rio?
A cúpula com os chefes de Estado foi marcada para os dias 18 e 19 e vai ser no Museu de Arte Moderna (MAM), no Aterro do Flamengo, na altura da Glória. O espaço passou por uma reforma de R$ 40 milhões.
A Zona Portuária receberá os eventos paralelos.
Quais são os eventos paralelos?
De quinta-feira (14) a domingo (16), haverá três eventos paralelos do G20 (clique nos links para saber mais sobre cada evento):
'Megaferiadão'?
Para facilitar o deslocamento das delegações, foi criado um grande feriado, a fim de “esvaziar” as ruas da cidade.
A “folga” — que não vale para todo mundo — começa na sexta-feira, 15 de novembro, Dia da Proclamação da República; segue pelo fim de semana, no sábado (16) e domingo (17); avança pela segunda (18) e terça (19), dias determinados como feriados extraordinários devido à Cúpula, e se encerra no Dia da Consciência Negra (quarta, 20).
Não haverá expediente nos órgãos públicos, e os bancos também vão fechar — contas de consumo (como água, energia e telefone) e carnês com vencimento no feriado poderão ser pagos sem acréscimo no 21 de novembro.
Sim. Nos dias 17, 18 e 19, o Aterro do Flamengo estará bloqueado para o deslocamento das comitivas.
Outra mudança é a suspensão das áreas de lazer da orla nesses dias, mesmo sendo feriado, para escoar o trânsito.
O Aeroporto Santos Dumont vai fechar?
Sim. Por medida de segurança, as operações aéreas do Aeroporto Santos Dumont serão interrompidas nos dias 18 e 19, durante a Cúpula do G20.
Segundo o governo federal, as operações comerciais programadas para o aeroporto central do Rio serão redirecionadas para o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), de acordo com as diretrizes operacionais das companhias aéreas e a capacidade operacional daquele aeroporto.
A suspensão temporária dos voos foi necessária diante das restrições de mobilidade nas proximidades do Museu de Arte Moderna (MAM Rio), onde será realizada a Cúpula do G20, localizado a 550 metros do Santos Dumont.
O Rio terá GLO?
Sim, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem, publicado na última sexta (8), será válido entre os dias 14 e 21 de novembro e cobrirá áreas específicas da cidade.
Militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica terão poder de polícia no que se refere à segurança das autoridades e comitivas presentes ao evento, nas seguintes regiões da cidade:
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