Na última quinta-feira (14), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu em Jundiaí, São Paulo, o hacker Fernando Curti, suspeito de ameaçar autoridades públicas brasileiras. Curti é investigado por enviar e-mails nos quais exigia 450 mil reais para não realizar um ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação também busca possíveis conexões entre Curti e Francisco Wanderley, o homem-bomba que se explodiu em frente ao STF, além de possíveis envolvimentos com os acampamentos golpistas de 2022 e os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
Curti, contrário ao resultado das eleições presidenciais de 2022 que levaram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao cargo de presidente e destituíram Jair Bolsonaro (PL), enviou ameaças explícitas ao STF e à Presidência da República. Em um dos e-mails, ele dizia: “Aviso: iremos explodir o STF com todos dentro (…) Em nome de todos os outros brasileiros indignados com o resultado da eleição, queremos deixar muito claro que temos aproximadamente 20 kg de explosivo (…) e estamos prontos e instruídos para usar”, conforme trecho divulgado pela UOL.
A prisão de Curti aconteceu após o atentado ocorrido em Brasília na noite de quarta-feira (13), e foi realizada com o apoio da Polícia Civil de São Paulo. Durante a operação, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A investigação apura práticas extremistas, racistas, homofóbicas, além de ameaças terroristas dirigidas principalmente a membros do Congresso Nacional.
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