Lucélia Maria da Silva, acusada de envenenar os irmãos Ulisses e João Miguel em Parnaíba, pode ser inocente. Um novo laudo, obtido com exclusividade e divulgado pelo Fantástico nesse domingo (12), revelou que não foram encontrados terbufós nos cajus consumidos pelas crianças, substância que a polícia inicialmente acreditava ser o veneno. O terbufós é um pesticida semelhante ao "chumbinho", usado para matar insetos.
O resultado da perícia foi divulgado na quinta-feira (9), um dia após a prisão de Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças, acusado de envenenar o arroz com feijão que a família consumiu no dia 1º de janeiro deste ano. Com essa nova informação, a investigação sobre as mortes de João Miguel, de 7 anos, e Ulisses Gabriel, de 8 anos, foi reaberta.Lucélia sempre negou as acusações, e sua casa foi incendiada por moradores que acreditavam que ela fosse responsável pelas mortes. A reviravolta no caso levou o Ministério Público a pedir a revogação da prisão de Lucélia.Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso na manhã de quarta-feira (8), suspeito de envenenar a família. O caso ocorreu no dia 1º de janeiro, quando nove pessoas da mesma família sofreram intoxicação após comerem arroz com feijão envenenado com terbufós. A comida foi preparada para a ceia de Ano Novo e consumida novamente no almoço do dia 1º.
Em seu depoimento, Francisco demonstrou aversão aos enteados e, especialmente, à Francisca Maria da Silva, mãe de Ulisses e João Miguel, que foi a quarta vítima fatal do envenenamento. O delegado Abimael Silva, da Polícia Civil do Piauí, relatou que Francisco manifestou sentimentos de ódio em relação a Francisca, chegando a expressar desprezo por ela e seus filhos.
Francisco negou qualquer envolvimento no crime e afirmou que "Deus vai mostrar o culpado".
Vítimas do envenenamento:
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